“25 VEZES DUCHAMP – A FONTE 100 ANOS”

 

No dia 25 de julho de 2017 foi a abertura  da exposição “25 vezes Duchamp – A Fonte 100 anos”, em homenagem à célebre e polêmica obra “Fonte”,   de Marcel Duchamp,  na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ).  Participei com as obras:  “Armila II”, 2017 e  com Fouet & Cuchara

A primeira vez que li “As Cidades Invisíveis”, 1972 de Ítalo Calvino, fiquei encantada com “Armila, a cidade delgada 3”. “Uma floresta de tubos que terminam em torneiras, chuveiros, sifões, registros. A céu aberto, alvejam lavabos ou banheiras ou outras peças de mármore, como frutas tardias que permanecem penduradas nos galhos”. (CALVINO, 1990, p.23)  Assim surgiu   Armila, 2010 – 2013,  uma obra feita de tubos de aço inoxidável que, como uma grande planta exótica, que ao invés de flores ou frutos é composta por torneiras, chuveiros e três sanitários convertidos em bancos. Mas não se trata de qualquer sanitário, seu designe é inspirado no ready-made “Fontaine”,  1917 de Marcel Duchamp.  “Armila” brotou junto com jorros d’água em um piso drenante de uma caçada da cidade de Florianópolis, e Armila II, é uma versão da primeira realizada especialmente para a mostra em homenagem aos cem anos da  “Fontaine” de Duchamp.

Armila II – Acervo do Museu Arte Contemporânea RS

“As obras escolhidas apresentam características variadas com a herança de Duchamp, com trabalhos de caráter objetual, a apropriação de materiais e coisas preexistentes, a elaboração mental e não manual dos objetos, o humor, o jogo, a provocação e até mesmo a revolta com a situação atual da política e das instituições brasileiras. Temos variadas, simples e sofisticadas experiências artísticas, num universo de possibilidades que é uma das mais atrativas marcas da arte contemporânea, que a cada dia testa os seus limites”, diz José Francisco Alves (Secretaria da Cultura RS)

 

Participei com as obras:  “Armila II”, 2017 e  com o protótipo da obra de arte pública Fouet & Cuchara.

 

Protótipo de obra de arte pública Fouet & Cuchara

 

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મારિયા ડીએ પેન્હા (Maria da Penha) Global Art Festival

Global Art Festival artistic residency, from December 26 to January 27, 2020.

Rann of Kutch District of Gujarat, India.

आप कभी नहीं जान सकते कि आपके कार्य के क्या परिणाम आते हैं, लेकिन यदि आप कुछ नहीं करते हैं, तो कोई परिणाम नहीं होगा।  महात्मा गांधी 

“Você pode nunca saber quais são os resultados  de sua ações, mas se você não fizer nada, não haverá resultados”. Mahatma Gandhi

“You may never know what results come of your action, but if you do nothing, there will be no results”.  Mahatma Gandhi

 

A principal motivação da obra મારિયા ડીએ પેન્હા (Maria da Penha),  2020 ,  foi  promover o debate sobre as milhares de mulheres, que sofrem ataques com ácido na Índia. Mas a reflexão  também abrange a violência contra mulheres no Brasil, para tanto,  o molde da máscara foi executado a partir da minha face e o título do trabalho levou o nome da lei que protege as mulheres contra violências no Brasil (Lei Maria da Penha, 2006).

The main motivation of the work મારિયા ડીએ પેન્હા (Maria da Penha), 2020, was to promote the debate about thousands of women, who suffer acid attacks in India. But the reflection also encompasses violence against women in Brazil, for that, the mask mold was executed from my face and the title of the work took the name of the law that protects women against violence in Brazil (Maria da Penha Law, 2006).

No trabalho existem doze máscaras, que possuem tatuagens de nomes de mulheres da Índia e do Brasil,  escritos em vários idiomas: português, híndi, gujarat, bengali. O meu nome está escrito em hindi, assim como os nomes de outras mulheres que passaram  pela exposição e autorizaram a utilização dos seus nomes para serem tatuados nas faces de cera.  Os nomes foram tatuados com o idioma por elas definidos. Tatuei também os nomes: Chhapaak e Laxmi , do filme”Chhapaak“, dirigido por Meghna Gulzar, que acabava de ser lançado (janeiro 2020), e baseado na vida de Laxmi Agarwal, uma sobrevivente de ataque de ácido. O Fundo Internacional de Sobreviventes ao Ácido (Asti),  uma organização humanitária com sede em Londres, calcula que a cada ano acontecem cerca de mil ataques com ácido na Índia. Mas, devido à ausência de estatísticas oficiais, outros ativistas dizem que esse número poderia chegar a 400 ataques por mês.

In the work are twelve masks, which have tattoos of the names of women from India and Brazil, written in several languages: Portuguese, Hindi, Gujarat, Bengali. My name is written in Hindi, as are the names of other women who went through the exhibition and authorized the use of their names to be written on the wax faces. I also tattooed the names: Chhapaak and Laxmi, from the movie “Chhapaak”, directed by Meghna Gulzar, which was just released (January 2020), and based on the life of Laxmi Agarwal, an acid attack survivor.  The International Acid Survivors Fund (Asti), a humanitarian organization based in London, estimates that about 1,000 acid attacks occur in India each year. But, due to the absence of official statistics, other activists say that number could reach 400 attacks per month.

A escultura está emoldurada pela frase: “Você pode nunca saber quais são os resultados  de sua ações, mas se você não fizer nada, não haverá resultados”. Mahatma Gandhi

The sculpture is framed by the aforementioned  Mahatma Gandhi phrase: “You may never know what results come of your action, but if you do nothing, there will be no results”.  Mahatma Gandhi

Photo: Hardik Kansara

Obra em processo:

Os materiais empregados são simbólicos – a cera, um material inflamável e a gaze um material utilizado para curativo. Para derreter a cera e laminar as máscaras, eu tive a colaboração de Bushra Ansari, uma mulher residente em Kutch , que pertence a etnia Ahirs, também chamados Abhira, é uma das antigas tribos da Índia.

Work in process: 

The materials used are symbolic – wax, a flammable material, and gauze, a material used for curatives. To melt the wax and laminate the masks, I had the collaboration of Bushra Ansari, a woman resident in Kutch, who belongs to the Ahirs ethnic group, also called Abhira, is one of the oldest tribes of India.

Photo: Hardik Kansara

Bushra Ansari

Title: મારિયા ડીએ પેન્હા (Māriyā ḍī’ē pēnhā), 2020 (Collection of GAF)

Size: 2.45 x 1.24 x 10cm

Medium: Sculpture

Year: 2020

 

 

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GLOBAL ART FESTIVAL

GAF Residência artística estado de Gujarat na Índia

Dear Giovana Zimermann

We would like to convey our gratitude for your participation in the Global Art Festival, 2020. We invite you for a month from 26 Dec to 27 Jan 2020, filled with artistic collaboration, creativity, cultural events and tourism. We welcome you to India’s vibrant state, Gujarat.

[Gostaríamos de agradecer sua participação no Global Art Festival, 2020. Convidamos você por um mês, de 26 de dezembro a 27 de janeiro de 2020, repleto de colaboração artística, criatividade, eventos culturais e turismo. Sejam bem-vindos ao vibrante estado de Gujarat na Índia].

Toda fala da experiência artística é um pouco mítica. O fato é que todos os caminhos que me levaram a ser quem eu sou hoje, e me refiro ao ser humano que me tornei, aos valores que prezo, tem relação com a minha opção pela arte. Sou artista visual, estudiosa e apaixonada por diversas linguagens: Escultura, audiovisual, fotografia, mas desde 1999, dediquei-me especialmente aos projetos de arte pública. Em meu processo criativo, utilizo fontes das mais diversas: visuais, literárias, de design; e, de igual forma, exploro diversos conhecimentos, que considero necessários para executar cada trabalho: artes, arquitetura, paisagismo, metalurgia etc.  Provavelmente isso se dê ao fato de minha formação ser diversa também, pois cursei a escola de música e Belas Artes ( EMBAP– 1998), Especialização em arte Contemporânea (UDESC – 1999) e posteriormente realizei Mestrado em Arquitetura e Urbanismo e doutorado em Literatura, pela Universidade Federal de Santa Catarina. (UFSC, 2006 de 2015). Tal formação passou a me embasar para diversas novas propostas de Arte pública, considerando-a em uma perspectiva de sociabilidade e de humanização da paisagem. Os temas de minhas pesquisas acadêmicas foram: a “Arte Urbana” e “As cidades do Rio de Janeiro e Paris, segundo a ótica do cinema, que deu origem ao livro “Rio de Janeiro e Paris: A Juventude Apache do Cinema na Periferia”, da Editora Autografia, 2016. Também escrevi e dirigi os curtas-metragens: DA JANELA. Brasil, cor, 15 minutos, 2009 e BRANCURA. Brasil, cor, 15 minutos, 2016. Possuo obras de artes nos espaços públicos nas cidades: Florianópolis – Brasil, São José  – Brasil,  Santiago do Chile – Chile, Berazategui – Argentina, Chinacota – Colômbia; e nos  Museu do Brasil:  Museu de Escultura Casa João Turin em Curitiba – PR -. Museu de Arte de Santa Catarina – Florianópolis – SC.  Museu de Arte de Joinville – SC,  Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul –  e Museu de Arte do Rio Grande do Sul.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SELFIE – Festival de Esculturas do Rio 

A 4ª edição do Festival de Esculturas do Rio realizada durante o mês de junho em quatro tradicionais instituições do Centro da Cidade: Casa França-BrasilMuseu Nacional de Belas ArtesCentro Cultural Correios e Paço Imperial. O evento buscou o intercâmbio entre 53 artistas, nacionais e internacionais, com diversas origens e linguagens, oferecendo um grande passeio por sensações visuais, táteis e sonoras.

The 4th edition of the Rio Sculpture Festival held during June in four traditional institutions of the City Center: Casa França-Brasil, National Museum of Fine Arts, Correios Cultural Center and Paço Imperial. The event sought the exchange between 53 national and international artists, with diverse backgrounds and languages, offering a great tour of visual, tactile and sound sensations.

Arte 1  – Matéria sobre o Festival de Esculturas do Rio.
A instalação SELFIE, é inspirada no alfabeto braille, e os pontos são simulados pelos espelhos redondos (ready-made), com a finalidade de pensar sobre o fenômeno cultural contemporâneo, que expõe assim um desejo humano de se sentir notado, apreciado e, finalmente, reconhecido. Mas o uso obsessivo de SELFIES divulgadas nas redes sociais, tem sido associado aos sintomas comuns aos transtornos mentais, estes incluem solidão, baixa auto-estima, narcisismo e egocentrismo.

The SELFIE installation is inspired by the Braille alphabet, and the points are simulated by the ready-made mirrors, in order to think about the contemporary cultural phenomenon, which exposes a human desire to feel noticed, appreciated and finally, recognized. But the obsessive use of SELFIES disclosed in social media has been associated with the symptoms common to mental disorders, these include loneliness, low self-esteem, narcissism, and egocentrism.

SELFIE स्थापना ब्रेल वर्णमाला से प्रेरित है, और अंक को तैयार किए गए दर्पणों द्वारा सिम्युलेटेड किया गया है, ताकि समकालीन सांस्कृतिक घटना के बारे में सोचा जा सके, जो कि महसूस की गई, सराहना और अंत में, महसूस करने की मानवीय इच्छा को उजागर करता है। लेकिन सोशल मीडिया में खुलासा SELFIES का जुनूनी उपयोग मानसिक विकारों के लिए सामान्य लक्षणों से जुड़ा हुआ है, इनमें अकेलापन, कम आत्मसम्मान, संकीर्णता और अहंकारवाद शामिल हैं।
Para a psicanálise self é descrito como instância psíquica fundamental que contém os elementos que compõem a personalidade, mas não contém o núcleo da existência genuína do indivíduo. É também usado em palavras compostas que transmitem uma ação feita por si mesmo, no caso a SELFIE vem do substantivo SELF.
For psychoanalysis, self is described as a fundamental psychic instance that contains the elements that make up the personality but does not contain the core of the genuine existence of the individual. It is also used in compound words that convey an action made by itself, in which case SELFIE comes from the noun SELF.
मनोविश्लेषण के लिए, आत्म को एक मौलिक मानसिक उदाहरण के रूप में वर्णित किया गया है जिसमें ऐसे तत्व शामिल हैं जो व्यक्तित्व बनाते हैं लेकिन इसमें व्यक्ति के वास्तविक अस्तित्व का मूल नहीं होता है। इसका उपयोग उन यौगिक शब्दों में भी किया जाता है जो स्वयं द्वारा की गई कार्रवाई को व्यक्त करते हैं, जिसमें SELFIE संज्ञा SELF से आता है।
A instalação SELFIE é composta por um texto explicativo
impresso  em braile, permitindo, assim, a inclusão
das pessoas com deficiência visual.
Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20
De 21 de junho a 04 de agosto de 2019
      Imagens: Acervo da autora.
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