Coleção “Linhas, cordas ou cordões umbilicais”

Uma escultura, que já nasceu para para fazer parte de uma instalação, que foi realizada em 1999 com título Linhas cordas ou cordões umbilicais. 

“Giovana Zimermann, escultora paranaense, muda-se para Florianópolis já com um percurso definido à linguagem escultórica, a temática do dualismo vida/morte, que é expressa pela leveza da instalação que ela mostra no Museu da Imagem e do Som.
Um tênue e imponderável fio vital separa a contingência da morte, implícita na vida. Giovana remete ao expectador uma visão que vincula sua experiência estética à questão existencial do Ser. Estar no mundo diante das possibilidades de perceber a luz e /ou as trevas mas a escultora decide-se pela primeira opção através de elementos simbólicos, que são “Linhas, cordas, fragmentos de uma ligação que se torna irreversível.
A questão da condição humana encontra nas esculturas de Giovana, um símbolo de angústia, leveza e tenso movimento”.
Florianópolis, julho de 1999
Osmar Pisani
Poeta e crítico de arte.

Retomo essa escultura justamente em um momento tão delicado de pandemia, não por acaso porque a obra reflete o imponderável fio vital, cordão umbilical da vida, joia preciosa…

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Joalheria

Faz vinte anos que eu trabalhando com arte pública, e, inserir arte no espaço urbano, é como adornar o corpo da cidade, é assim que eu relaciono o grafite com a tatuagem. Então eu decidi fazer uma coleção de joias comemorativa desses vinte anos, e escolhi a obra “Saneamento básico”, criada em 2009, que está relacionada com os mistérios do urbano. Iniciou como um dispositivo efêmero, que eu costumava adesivar nas novas paisagens urbanas, acreditando que “é necessário um olhar estrangeiro, para descobrir a cidade”. Eu me aproprio da expressão “saneamento básico”, vital para a saúde física, para fazer refletir sobre o que está oculto no corpo urbano.

Agora transformada em joia, não só para adornar, mas como suporte, para carregar mensagens potentes no corpo humano. Uma delas é a célebre frase Simone de Beauvoir “On ne naît pas femme, on le devient” [Ninguém nasce mulher: torna-se mulher] fala da mulher como figura do Outro, como figura alienada pela cultura masculina dominante. É uma frase que inspirou os movimentos feministas, ela é uma espécie de síntese de sua obra Le Deuxième Sexe [ O segundo sexo].

 

 

 

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